Ao chegarmos aoTemplo Escola Caboclo Tupinambá e Vovó Benedita, devemos sempre saudar a porteira que é a guarda da casa que se encontra à esquerda da entrada do Terreiro. E como fazemos isso? Usa-se a expressão “Laroiê Exu! Exu a mojubá!”. Que demonstra o nosso respeito a toda a força de atuação dos nossos queridos Guardiões. Você pode cruzar os dedos e virando as palmas da mão para o chão dizendo essa saudação. Ou pode também parar de frente abrir os braços e depois virar de costas e também abrir os braços, saudando e pedindo a proteção aos guardiões. Dentro dessa casinha encontramos as imagens correspondentes ao Sr. Zé Pelintra, o Guardião da Meia Noite, a Cigana Esmeralda, Dona Maria Padilha, Dona Maria Molambo e outras. Devemos também saudar o Cruzeiro das Almas que em nossa casa fica à direita da entrada do Terreiro. Usa-se a expressão “Adorei a Almas” “É para as Almas”. Lá está toda a confraria das Almas. Também temos dentro do Cruzeiro as imagens correspondentes da Vovó Benedita de Aruanda, Pai Benedito, Pai Antônio e outros. Todos os guias que pertencem à linha das Almas (Pretos Velhos, Baiano…). Dentro do Templo, devemos nos manter em atitude de respeito e fazendo o máximo de silêncio possível. Quando formos falar com alguém, devemos nos dirigir em voz baixa. Sempre pensamentos positivos. Essa atitude manterá a vibração elevada. A Umbanda é uma religião alegre, então cante, bata palmas, tudo dentro do máximo respeito.
A GIRA: A gira é o momento do culto, aos Orixás e a todos os guias que vem nos auxiliar nesse trabalho de caridade. Vejamos alguns momentos da gira:
Defumação: É importante, pois a fumaça exalada pelo defumador ajuda a limpar o ambiente. Cantar o ponto nesse momento também é importante para elevar a vibração. A fumaça exalada do defumador representa nossas orações que elevamos ao alto e são recolhidas pelas entidades e levadas ao Trono de Olorum.
Saudação aos Guardiões.
Saudação a Oxalá (Epa Babá). Saudamos ao Orixá maior, Oxalá. Sem a permissão de Oxalá não se faz nada. “Oxalá, meu pai Tem pena de nós, tem dó A volta do mundo é grande Seu poder é bem maior. A estrela matutina No céu brilhou E a força de Oxalá Nesse Congá entrou”
Saudação aos Orixás da terra e do fogo. Saudamos todos os Orixás que têm sua vibração na terra e no fogo e o Orixá Tempo, que tem sua vibração no elemento ar. Salve Tempo
Kaô Kabiecile, meu pai Xangô “Xangô, se ele é o rei lá na pedreira Senhor do meu destino até o fim Se um dia eu perder a fé no meu senhor Que role essa pedreira sobre mim Meu pai Xangô”
Ogunhê “Eu tenho 7 espadas pra me defender Eu tenho Ogum em minha companhia Ogum é meu pai Ogum é meu guia Ogum é meu pai E eu sou filho da Virgem Maria”
Epa hey, minha mãe Iansã “Mas Iansã é uma moça bonita Mas ela é dona do seu jacutá Eparrei, eparrei, eparrei A mamãe de aruanda segura a sua banda que eu quero ver”
Atotô, Obaluaiê: “Meu pai Oxalá é o rei Venha me vale O velho Omolu, Atotô, Obaluaiê Atotô Obaluaiê, atotô babá Atotô Obaluaiê, atotô é orixá”
Ewé, Ossãe
Saudação à Ibejada “Fui no jardim colher as rosas E a vovozinha deu-me a rosa mais formosa Cosme eDamião, oh Doum Crispim e Crispiniano são os filhos de Ogum”
Saudação às Almas (Adorei as Almas): “Eu vi um clarão na mata Eu pensava que era dia Mas eram as almas, mas eram as almas Mas eram as almas com o rosário de Maria”
Saudação aos Caboclos (Okê Caboclos) “Foi numa tarde serena Lá nas matas da Jurema Eu vi o caboclo bradar Kio, kio, kio, kiera Sua mata está em festa Sarava seu Tupinambá Que ele é o rei da floresta”
Bater cabeça: Nas giras festivas, fazemos homenagem ao Orixá ou guia do mês. Um dos rituais de homenagem é o “bater cabeça”, no qual devemos encostar o chacra frontal e depois cada lado da cabeça, em sinal de reverencia e para captação da vibração do Orixá. “Quem é você que é filho de Zambi? Quem é você que é filho de fé? Bata com a cabeça E peça a Zambi o que quiser.”
Fazemos, também, o ímã referente ao Orixá e cantamos em sua homenagem.
Consulta: É o momento em que seremos atendidos pelos guias que vêm ao nosso socorro. Devemos ter o cuidado de não nos apegarmos a futilidades, pois os guias não estão em terra para resolver problemas amorosos, de trabalhos, de intrigas, etc. Eles vêm para nos aconselhar no caminho do crescimento espiritual.
Mãe Maria: Devemos o maior respeito a este espírito, que é de fundamental importância para a humanidade. Além de ser a mãe do Mestre Jesus, é uma das principais mentoras do planeta terra. “Nossa mãe divina Nossa mãe de amor Celeste harmonia Bela como a flor Manda em nosso lares As bênçãos de Deus Rainha dos Mares Da terra e do céu Nos seus braços encontro Toda paz e amor Enxuga o meu pranto Me alivia a dor”
Oxalá: “Na toalha em que Jesus nasceu Em cima dela eu me ajoelhei Me abençoa, pai Oxalá, me abençoa Me abençoa pelo amor de Deus”
Hino da Umbanda: “Refletiu a luz divina Em todo seu esplendor Vem do Reino de Oxalá Onde há paz e amor Luz que refletiu na terra Luz que refletiu no mar Luz que vem de Aruanda Para tudo iluminar Umbanda é paz e amor É um mundo cheio de luz É força que nos dá vida É à grandeza nos conduz Avante, filhos de fé Como a nossa lei não há Levando, ao mundo inteiro A bandeira de Oxalá”
Corrente da águas: Neste momento, pedimos aos Orixás das águas que nos lave e levem embora todas as impurezas que ainda restarem no ambiente.
Odo iá, mãe Iemanjá Saluba, Nana Ora yê iê Mamãe Oxum Arroboboy Oxumaré
Encerramento Ao se encerrar a gira devemos voltar para casa, mantendo a vibração elevada. Refletindo em todo o ensinamento dado pelo guias e pelo aprendizado extraído do Evangelho e de todas as mensagens lidas durante a gira. Devemos evitar sair da gira direto para lugares de baixa vibração. Recomenda-se que se vá diretamente pra casa e depois de um relaxamento ir a onde se queira. Saudação aos guias da Umbanda Preto Velho – Adorei as Almas Caboclo – Okê Caboclo Marujo – Aê Marujo Baiano – É pra Bahia Boiadeiro – Xetruá Boiadeiro Exu – Laroiê Exu, Exu a mojubá Pomba Gira – Gira girou, Pomba Gira |